quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cresce o financiamento da casa própria pela Caixa em Minas

Hoje em Dia caderno: Economia

Apesar da crise financeira e de seus reflexos na concessão de crédito, a Caixa Econômica Federal anunciou que os recursos para financiamento habitacional em 2008 superaram as expectativas. Os números em Minas Gerais cresceram substancialmente. Até o final de novembro, o Estado registrou 36.108 contratos, no valor aproximado de R$ 2 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2007, o crescimento foi de 51%, ficando um pouco abaixo da média nacional.

O superintendente regional da Caixa, Dimas Lamounier, mantém o otimismo para 2009. “Em Minas temos potencial para destinar, no próximo ano, cerca de R$ 3 bilhões para o financiamento habitacional, independentemente do cenário econômico. Nossos recursos via FGTS e poupança estão garantidos e não há motivo para pânico ou pessimismo. Essa marca é até conservadora, pois prevê um crescimento em torno de apenas 25%”, avalia o superintendente.

Até 28 de novembro foram assinados, no Brasil inteiro, 446 mil contratos, o que significa um valor de R$ 20, 4 bilhões. Esse número representa um crescimento de 60% em relação ao ano passado, quando o montante somou R$ 12,7 bilhões. A expectativa é de que, até o final do ano, os recursos cheguem a R$ 22,8 bilhões, alcançando a marca de 500 mil financiamentos.

A Caixa responde, sozinha, por 51% do financiamento habitacional no país e suas linhas de crédito privilegiam mutuários que recebem até três salários mínimos, que respondem por 40% dos contratos. Para 2009, inclusive, a taxa de juros para pessoas de baixa renda vai passar dos atuais 6% ao ano para 5%, em resolução proposta pelo Ministério das Cidades que foi acatada, na terça-feira, pelo Conselho Curador do FGTS.

A redução dos juros vai atingir famílias que ganham até R$ 2 mil por mês. “Essa medida sinaliza que haverá recursos para continuarmos investindo no segmento da construção civil e, ao mesmo tempo, cumprindo a função social de um banco público”, diz Lamounier. “Uma das âncoras do atual governo é o incentivo para aquisição da casa própria, para suprir um déficit que gira em torno de 8 milhões de moradias. Nos enche de orgulho anunciar que, de 2003 para cá, a Caixa financiou 2 milhões de novas moradias no Brasil”, completa. Estudo realizado pela Caixa mostra que pessoas com idade até 40 anos encabeçam o ranking dos financiamentos, respondendo por 67% do volume total.

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