quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Crise não afeta procura por crédito na Caixa Econômica Federal

Por: Equipe InfoMoney15/10/08 - 10h39InfoMoney

SÃO PAULO - Apesar da crise, a Caixa Econômica Federal tem mantido sua oferta de crédito e a procura continua alta. Até setembro o banco liberou R$ 16 bilhões de recursos de habitação - R$ 8,4 bilhões pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), R$ 6,9 bilhões pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e R$ 700 milhões através do consórcio. Isto representa alta de 54% em relação aos recursos liberados no mesmo período de 2007.De acordo com a Caixa, a liberação proporcionou moradia para 352 mil famílias, o que significa mais de 1,4 milhão de pessoas beneficiadas. Apenas em setembro, a Caixa liberou R$ 2,1 bilhões para habitação. Em saneamento e infra-estrutura, foram R$ 3,8 bilhões, alta de 50% em relação aos nove primeiros meses de 2007, sendo R$ 2,9 bilhões em financiamento e R$ 880 milhões de repasse, distribuídos em mais de 300 projetos.Mantendo o ritmoSegundo entende o vice-presidente de finanças da instituição, Márcio Percival, os números mostram que a procura pelas linhas do banco continuam em alta e as captações se mantêm no ritmo esperado. Tanto que os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) alcançaram R$ 159 milhões, apesar da greve dos funcionários do banco, desde o início do mês. Com isso, o estoque de poupança na Caixa soma R$ 88,2 bilhões e o de CDBs, R$ 16 bilhões.Percival disse que a situação tende a melhorar com a política adotada pelo Banco Central de liberação dos recolhimentos compulsórios sobre depósitos à vista e a prazo. De acordo com a Agência Brasil, a medida inclui também depósitos interfinanceiros e a exigibilidade adicional sobre depósitos à vista e a prazo. Como resultado, foram liberados R$ 2,7 bilhões dos depósitos da Caixa.O vice-presidente afirmou, ainda, que os recursos liberados serão utilizados para compra de carteiras de crédito de outros bancos e ampliação da oferta de crédito para empresas. "Vamos aproveitar a oportunidade para negociar e ver o que é melhor para a instituição", acrescentou.

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