O mercado imobiliário da América Latina, sobretudo do Brasil, encontra-se numa posição privilegiada face ao mercado mundial, revelando boas perspectivas de crescimento.
Dados avançados por Peixoto Accyoli, director executivo da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste (ADIT Nordeste), indicam que «só para o Nordeste brasileiro, a previsão é de que, nos próximos 10 anos, os investimentos estrangeiros na região cheguem a R$ 20 mil milhões».
Na origem desta «explosão», explica Peixoto Accyoli, está a estabilidade e o crescimento económico que se vive no Brasil desde 2005. «A inflação está sob controlo, o que possibilita o planeamento e desenvolvimento de projectos sem custos inflacionários».A par das boas perspectivas para o mercado imobiliário interno, também o investimento estrangeiro começa a avolumar-se.
«Os investidores estrangeiros passaram a investir mais no Brasil», afirma Accyoli, que revela que os principais factores que fizeram despertar a atenção para o Brasil «foi a crise imobiliária americana e a estagnação do mercado espanhol, além das belezas naturais que a região brasileira oferece», segundo Accyoli.Dados avançados pelo director executivo da ADIT, no início do segundo semestre deste ano, davam conta de uma procura crescente de investidores que começaram a actuar no Brasil. «Apenas a soma dos projectos portugueses (886 milhões de euros) e espanhóis (480 milhões de euros) alcançam 1,36 mil milhões de euros. Existem ainda empreendimentos com capital francês, inglês e até nórdico», revelou Peixoto Accyoli, acrescentando que o mercado de segunda residência está também em alta.
No que se refere a este segmento, Ivan Tauil, especialista em Negócios Imobiliários Internacionais, nota que «a posição geográfica do Nordeste brasileiro é equidistante dos principais mercados compradores de segunda residência (principalmente EUA e Europa), os quais, a partir de agora, irão começar a conviver com (e em alguns casos, exportar) os aposentados mais ricos que o Ocidente conheceu nos últimos dois séculos – os baby boomers – nascidos após a segunda guerra mundial».
Em paralelo, «a oferta de áreas (quando comparadas com as de outros mercados) é abundante, com muitos dias de sol por ano e sem catástrofes naturais e terrorismo, principalmente o religioso fundamentalista, que tanto afasta turistas de algumas regiões do globo».
Fonte: Casa Sapo/ADIT Nordeste
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário