sábado, 1 de novembro de 2008

Preço de imóvel usado na capital paulista mais do que dobra em 2008

SÃO PAULO - A maior parte dos imóveis usados da capital paulista ficou mais cara nos nove primeiros meses deste ano, aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). O maior aumento nos preços chegou a 187,97%, mais do que o dobro.PreçosEntre janeiro e setembro de 2008, 13 dos 15 tipos de apartamentos analisados apresentaram valorização. O aumento variou de 6,21% a 187,97%.O menor percentual foi registrado no preço de apartamentos de padrão médio, construídos entre oito e 15 anos e situados em bairros da Zona E, como Brasilândia, Campo Limpo e Capão Redondo, a última na escala da pesquisa Creci-SP. O preço-médio desse tipo de imóvel passou de R$ 1.176,92 para R$ 1.250 nos últimos nove meses.Já os preços das casas tiveram valorização menor que os dos apartamentos, mas superior à das aplicações financeiras em oito das 11 comparações feitas. Neste caso, a menor variação foi de 1,93% e a maior, de 73,45%.MotivosPara o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, a valorização pode ser explicada por diversos fatores, como o déficit habitacional, estimado em 1,2 milhão de moradias, o crescimento da renda da população e do número de parcelas.Ele diz ainda que os imóveis são uma boa opção de investimento. "Imóvel é reserva de valor por tradição, porto seguro para preservação de ativos financeiros e opção rentável de investimento sem sustos (...). Uma coisa é certa, desde já e sempre, não perde dinheiro quem aplica suas economias em imóveis bem localizados, tanto em áreas nobres quanto em áreas populares e não procura retorno imediato."Vendas 8,99% maioresApesar dos aumentos de preço, as vendas de imóveis usados na capital paulista apresentaram alta de 8,99% entre agosto e setembro, sendo que as casas, com 67,35%, foram as mais comercializadas.Segundo o levantamento, o índice de vendas da Capital evoluiu de 0,4023 para 0,4385 no período. No total, 55,03% dos imóveis foram vendidos à vista e, pela primeira vez desde janeiro de 2005, não se registrou nenhuma venda por consórcio.

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